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Performance II

Performance

Estratégias de Apropriação do Espaço

Parkour
      Fundado pelo francês David Belle, Parkour é um método natural de treinamento para o corpo humano que consiste basicamente em se deslocar por um percurso com a maior rapidez e eficiência possível, fazendo uso de obstáculos do ambiente, seja na rua ou na natureza. Não é necessário nenhum tipo de acessório como luvas ou capacete, apenas roupas leves, do tipo esportivo, e um par tênis com boa aderência. Pode ser considerado uma atividade completa, já que explora diversas características naturais do corpo humano: correr, pular, escalar. Além da parte mental, da visualização de cada movimento na mente para se obter um melhor desempenho. A pratica da disciplina pode se tornar muito útil, já que com experiência os obstáculos do cotidiano se tornam apenas algo pequeno e fácil de ser ultrapassado, a idéia do treinamento é não deixar com que os obstáculos o impeça de prosseguir, pode ser uma arvore, uma parede, um carro ou simples e puramente uma metáfora.
     O Parkour para muitos é muito mais que um esporte, e pode ser definido como “L’Art du Deplacement”, A arte do movimento. Os praticantes aprendem a controlar o corpo, e buscam a perfeição a cada movimento. A percepção dos praticantes a respeito do ambiente aumenta, assim como á percepção de distancias, alturas e riscos. As noções de arquitetura chegam até a perturbar a família e amigos do praticante, porque uma mureta, um muro, uma escadaria deixa de ser um objeto urbano e se torna um obstáculo.

Parkour Vídeo


 Deriva
       Criado por Guy Debord, A deriva é um procedimento de estudo psicogeográfico – estudar as ações do ambiente urbano nas condições psíquicas e emocionais das pessoas. Ela visa re-conhecer ou redescobrir a cidade desconstruindo as formas culturais tradicionais e impregnadas de pré-concepções, se utilizando de um caminhar sem direção ou rumo pré-definido.Entre os diversos procedimentos situacionistas, a deriva se apresenta como uma técnica de passagem rápida por ambiências variadas. O conceito de deriva está indissoluvelmente ligado ao reconhecimento de efeitos de natureza psicogeográfica e à afirmação de um comportamento lúdico-construtivo, o que o torna absolutamente oposto às tradicionais noções de viagens e de passeio.
      Uma ou várias pessoas que se dediquem à deriva estão rejeitando, por um período mais ou menos longo, os motivos de se deslocar e agir que costumam ter com os amigos, no trabalho e no lazer, para entregar-se às solicitações do terreno e das pessoas que venham a encontrar. A parte aleatória não é tão determinante quanto se imagina, mas em sua unidade, a deriva contém ao mesmo tempo esse deixar-se levar e sua contradição necessária.
      O acaso ainda tem importante papel na deriva porque a observação psicogeográfica não está ao todo consolidada. Mas a ação do acaso é naturalmente conservadora e tende, num novo contexto, a reduzir tudo à alternância de um número limitado de variantes e ao hábito.

“As grandes cidades são favoráveis à distração que chamamos de deriva. A deriva é uma técnica do andar sem rumo. Ela se mistura à influência do cenário. Todas as casas são belas. A arquitetura deve se tornar apaixonante. Nós não saberíamos considerar tipos de construção menores. O novo urbanismo é inseparável das transformações econômicas e sociais felizmente inevitáveis. É possível se pensar que as reinvidicações revolucionárias de uma época correspondem à idéia que essa época tem da felicidade. A valorização dos lazeres não é uma brincadeira. Nós insistimos que é preciso se inventar novos jogos (...) Entre os diversos procedimentos situacionistas, a Deriva se apresenta como uma técnica de passagem rápida por ambiências variadas. O conceito de deriva está indissoluvelmente ligado ao reconhecimento de efeitos de natureza psicogeográfica e à afirmação de um comportamento lúdico-construtivo, o que o torna absolutamente oposto às tradicionais noções de viagem e de passeio” (DEBORD, 1958).


Flash Mob
    Flash Mob é a abreviação de “flash mobilization”, que significa mobilização rápida, relâmpago. Trata-se de uma aglomeração instantânea de pessoas em um local público para realizar uma ação previamente organizada. Para efeitos de impacto, a dispersão geralmente é feita com a mesma instantaneidade.



Flaneur
      Criado por Charles Boudelaire, flaneur é uma palavra do francês que pode ser traduzida como ''Flanador'' e usada para se referir a homens com um certo comportamento peculiar.Flanar é vagar pelas ruas não simplesmente caminhando, é andar observando tudo à volta. O flanêur é um amante das ruas que repara em detalhes que para outros cidadão passam despercebidos. Ele valoriza objetos, lugares, pessoas que o observador comum já não repara, por fazerem parte de uma rotina.
O flâneur é ser que observa o mundo que o cerca de maneira real e descritiva, levando a vida para cada lugar que vê. O flâneur descrever as cidades, as ruas, os becos, o externo. Desvincula-se do particular, recrimina o privado, de forma a ver a rua como lar, refúgio e abrigo. Este sentimento flaneuriano reflete a necessidade de segurança do indivíduo, a necessidade de identificação dele para com a sociedade. A rua é seu lar, seu mundo. Ali nada é estranho ou prejudicial. Na rua se sente confortável e protegido.
Visita à Pampulha: Museu de Arte e Casa do Baile


O arquiteto Oscar Niemeyer tem desde projetos sensacionais até projetos dos quais é melhor nem comentar, tornando-o um "arquiteto de fases". Em uma de suas boas fases, ele fez o projeto do Conjunto Arquitetônico da Pampulha (Belo Horizonte – Minas Gerais). Ele é composto por quatro grandes obras que são: Museu de Arte, Casa do Baile, Igreja São Francisco de Assis e o Pampulha Iate Clube.
            Em especifico farei um comentário sobre o Museu de Arte da Pampulha (MAP) e a Casa do Baile baseado na nossa visita aos locais no dia 20 de agosto de 2010.

MAP
       
  O MAP foi o primeiro projeto de Niemeyer na Pampulha. Funcionou como cassino, o primeiro da cidade, até ser fechado em 1946 devido à proibição do jogo no país. Inspirado pelos "Cinco Pontos da Nova Arquitetura"¹ propostos pelo arquiteto francês Le Corbusier¹, o arquiteto  pode ousar no projeto, utilizando, assim, curvas, pilares, vidros, espelhos. O fato de ter sido projetado para ser um cassino, a obra é bem luxuosa bem representada, por exemplo, pelo acabamento em pedras semi preciosas e pilares internos contornadas por aço, tudo para ostentar o brilho e glamour para a burguesia. Os pilares dão uma sensação de que estamos flutuando, principalmente na parte interna do museu, que quando estamos olhando para a parte externa, através dos vidros, temos a sensação de estarmos por cima da lagoa da Pampulha.  Os espelhos usados por Niemeyer remete à uma sensação de amplitude e visualização de todo o local. Além disso, ele utiliza esses espelhos como forma de manter o luxo e o equilíbrio com os vidros que há na obra, e ainda aproveita para colocar, atrás desses, a área de serviço do museu, separando-a de uma forma bem inteligente da área comum ao museu.  Ao mesmo tempo em que Niemeyer tenta manter a homogeneidade em sua obra, ele quebra parâmetros ao inserir azulejos portugueses, remetendo às nossas origens.
Museu de Arte da Pampulha
Espelhos    
Pilares contornados por aço, e sensação de estar flutuando.



































Na parte externa temos os jardins de Burle Marx que são bem ousados. Ele passou anos pesquisando sobre as plantas brasileiras, de uma forma para quebrar a típica moda dos jardins com plantas européias e colocar jardins com plantas brsileiras. Além disso, Burle Marx de certa forma nos obriga, de forma bonita e inteligente, a caminhar pelo jardim, colocando tipo um trajeto a ser percorrido por ele. Esses caminhos, combinados com a bela vista para a Lagoa da Pampulha, tornam um ambiente agradável e tranquilo. Além das plantas tipicamente brasileiras e o caminho a ser percorrido, os jardins também contam, como decoração, esculturas de Ceschiatti e Zamoyski.


"Nu" de Zamoyski
"Abraço" de Ceschiatti

Visão geral do jardim com seus caminhos
Jardim frontal





 Casa do Baile

        
Nesse projeto, Niemeyer se ocupou das curvas propondo uma integração total com o ambiente da Lagoa. A planta se desenvolve a partir de duas circunferências que se tangenciam internamente, que foi mais uma proposta inteligente proposta pelo arquiteto. Nessas duas circunferências pode-se observar novamente a área de serviço independente, sem ser mostrada diretamente aos transeuntes. A menor delas é o salão, e a maior, que envolve o salão, tem os banheiros e a área de serviço. Das circunferências desprende-se uma marquise sinuosa, bem provocante ao olhar e que dialoga com as curvas da represa. Essa marquise é suportada por colunas e termina em outro pequeno volume de forma amebóide. À frente desse volume tem um palco circular envolto por um lago.
      Na parte da estrutura externa há frisos que foram colocados como forma de diminuir a intensidade solar na área de serviço, além dos vidros que davam uma vista ao por - do - sol.
     Recentemente ela passou por um processo de revitalização (que é preferível nem discutir o quão “belíssima” ela foi) e hoje o espaço abriga usos e variados fins comerciais.
Casa do Baile - Visão Geral
Marquise
Marquise chegando à amebóide com o placo

Casa do baile antes e depois da revitalização

Again and Again



Primeira apresentação do edifício JK.
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